Um nó em minha cabeça resume o que está acontecendo.
Não vejo nada
além de vultos.
Tento me
misturar, mas não consigo entrar no ritmo.
Fico parada
vendo tudo passar.
Então noto
que um para e me observa.
De repente
todos param e me observam, ou melhor, observam minha solidão, mas só observam.
Eles apenas me rodeiam.
Avaliam
a cor dos meus olhos, a cor do cabelo, a estrutura física, mas nenhum se
importa com o que está dentro de mim.
Acho que não fui o suficiente.
Eu chorei, por
dentro e por fora. Olharam-me.
Eu gritei,
por dentro e por fora. Ouviram-me.
Então parei,
mas os vultos já estavam indo embora.
Voltaram a correr.
Me vejo sozinha, outra vez.
Voltaram a correr.
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