6.10.23

Fickle Game

Assistindo Suits tempos atrás, me deparei sonoramente com a canção mais maravilhosamente melancólica: "Fickle Game".

A música me atraiu por ser tão honesta em relação a vida que deixa a gente que escreve até sem graça.  

Ela vai assim...

"I want to be olderI want to be strongerI don't want to fall at the startI want to be quickerI want to get closerDon't want to feel worlds apart
'Cause I'm fast enough to get in troubleAnd not fast enough to get awayAnd I'm old enough to know I'll end up dyingAnd not young enough to forget again".
Ual. 
É exatamente isso que busco. Ser mais forte.
E é exatamente isso o que acontece comigo:ser  rápida em me meter em problemas.
Há um paralelo um tanto sutil aqui. Talvez nem tão sutil. 
Não parece óbvio que para não se meter em problemas é preciso ser mais forte? 
Sim e não. 
Problemas nem sempre são problema e, às vezes, a opção de ser forte não precisa ser necessariamente a melhor. 
Além do mais, ser forte não significa não se meter em problemas, mas levantar quando cair e essa é a parte onde falo o que eu acredito ser forte: levantar.
Porque caímos muito, certo?
Pelo menos eu caio, literal, mental, profissional e emocionalmente. É assim que percebo a vida: cair e levantar. Se arrastar quando preciso e para isso, a força. Força para não sucumbir aos pensamentos mais sombrios e lamacentos. 
Nunca sei o que se passa com uma média de certeza comigo. 
Problemas de identidade são anos luz mais complexos que física. A mente é; a mente de todos. 
Então, sabe... eu não sou especial por não entender minha mente. Nem você. 
Absolutamente nenhum ser humano entende a mente por completo. As alterações causadas por trauma, estilo de vida, decisões... tudo isso faz parte do "jogo instável; volúvel " da vida - the Fickle Game. 
A canção é um clamor desesperado contra a absurda e efêmera desorientação da vida, um anseio assombrado por estabilidade e controle, uma busca solitária por significado - que todos buscamos, certo?
A única coisa que posso dizer para mim e para você é que não existe solução. 
Contudo, há a busca, e a busca nunca deve cessar. 
Buscar também é viver. Buscar incessantemente.
T.S. Elliot me ensinou isso quando poetizou: 
"We shall never cease from exploration And the end of all our exploring Will be to arrive where we started And know the place for the first time." 

Um comentário:

  1. nunca mais soube de você, e acho que foi o correto a se fazer, já que sempre me viu como a presença evil no ”pesadelo” que foi sua vida em jacareí. lamento olhar para trás {não faço isso com frequência} e enxergar momentos, aparentemente genuínos, que experimentei nesse curto período em que convivi com você. espero que tudo o que veio depois tenha te feito amadurecer. não sentir vergonha ou medo dos seus instintos, e acima de tudo, ser verdadeira com o que você realmente sente.

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